Li e recomendo

O tempo

A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal…
Quando se vê, já terminou o ano…
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado…
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas…
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo…
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.

Mário Quintana

“Ama e faz o que quiseres. Se calares, calarás com amor; se gritares, gritarás com amor; se corrigires, corrigirás com amor; se perdoares, perdoarás com amor. Se tiveres o amor enraizado em ti, nenhuma coisa senão o amor serão os teus frutos.”

(AGOSTINHO)


OUVIR ESTRELAS

“Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!” E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto…

E conversamos toda noite, enquanto
A Via Láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir o sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.

Direis agora: “Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizes, quando não estão contigo?”

E eu vos direi: “Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas”.

(Olavo Bilac)


Paul Tillich – o fanatismo “O FANATISMO é correlato de auto-rendição espiritual: mostra ansiedade que supostamente estava dominada, atacando com violência desproporcionada aqueles que discordam e que demonstram, por sua discordância, elementos que o fanático deve suprimir ele mesmo, de sua vida espiritual. Porque deve suprimi-los de dentro dele, tem ele que suprimi-los nos outros. Sua ansiedade força-o a perseguir os que dissentem. A fraqueza do fanático consiste em que aqueles que ele combate têm uma secreta ascendência sobre ele; e por esta fraqueza ele e seu grupo afinal sucumbem. ” (Paul Tillich em “Coragem de ser” – Editora Paz e Terra, p.38.)

PARA NÃO VIVER EM VÃO

Ricardo Gondim

Clint Eastwood produz e dirige filmes densos, especialmente os que lidam com o abuso de crianças. Gostei da trama de “A Troca” (“Changeling”), baseado em fatos reais. Um garoto desaparece enquanto a mãe, divorciada, trabalha algumas horas extras no sábado. Para encontrar o filho, Christine, personagem encenada por Angelina Jolie, precisa enfrentar sozinha a corrupta máquina policial de Los Angeles e ainda tem de manter o emprego, apesar da solidão e do desespero pelo sumiço do menino.

O pastor presbiteriano Rev. Gustav Briegleb (John Malkovich), que lutava contra a violência policial, se une a Christine em sua luta contra a politização do Xerife que deveria cuidar da segurança pública. A militância de Briegleb é ética, corajosa e persistente. No final, enquanto projetavam as explicações finais sobre os desdobramentos do que aconteceu no filme, desabafei: “Quando crescer, quero ser igual a esse pastor”. O ministério de Briegleb desencadeou mudanças profundas nas leis da cidade. A obstinação de um homem salvou a vida de milhões de pessoas que ainda nem tinham nascido.

Fui ordenado ao ministério em 1977. Desde então, trabalho com evangelização, missões urbanas e plantação de igrejas. Preguei milhares de sermões, participei de centenas de congressos, mesas-redondas e seminários. Comparo-me ao que Jesus disse aos primeiros discípulos: “Vocês não me escolheram, mas eu os escolhi para irem e darem fruto, fruto que permaneça” (Jo 15.16). Conto os anos de ministério, vejo que o meu futuro é mais curto que o passado e me pergunto: “Qual a pertinência do meu esforço? O fruto do meu ministério permanecerá?”.

Não pretendo terminar os dias desempenhando as funções sacerdotais como mero sacerdote que batiza, celebra ritos de passagem e enterra os mortos. Não almejo acomodar-me à função de xamã. Não tolero o papel de “baby-sitter” de crentes burgueses, sempre ávidos por bênçãos.

É possível encontrar muitos cristãos em movimentos populares que reivindicam reforma agrária. Porém os pastores, com certeza ocupados com a máquina religiosa, não dispõem de tempo para se aliarem aos oprimidos pela burocracia estatal, que perpetua a injustiça. Poucos se atrevem a sair do conforto das catedrais para defender o meio ambiente.

Como pastor pentecostal, inquieto-me com o massacre da teologia da prosperidade, que ocupa a maior parte do culto com promessas de bênção. Não gosto de ver a instrumentalização de quase todo esforço missionário para fazer proselitismo, em nome de uma evangelização.

Pastores semelhantes a mim vivem a responder a questiúnculas sobre doutrina, a legislar sobre moralismos e a apagar fogo de contendas entre os membros de suas comunidades. O discipulado desaparece na catequese que tenta adequar as pessoas às demandas religiosas. O resultado é trágico e o testemunho cristão, pífio.

Por todos os lados pipocam sinais de que os evangélicos começam a repensar a teologia fundamentalista que lhes serviu de suporte. Agora urge fazer o dever de casa com a eclesiologia. O significado de ser igreja em áreas cosmopolitas tem de ser mais bem avaliado. Os paradigmas atuais sufocam o surgimento entre os evangélicos de gente como Martin Luther King ou Dorothy Stang.

Caso não mexamos com os conceitos fundamentais da teologia da missão, continuaremos repetindo fórmulas desgastadas. Resgatar pessoas do inferno, garantir o céu, mas esquecer a “plenitude da vida” diminui brutalmente o mandato cristão. O tempo gasto das pessoas, os recursos financeiros aplicados, a mobilização de talentos, não podem ser desperdiçados. A função da igreja é também resgatar vidas, proteger os indefesos da burocracia estatal, da opressão do mercado e até da frieza eclesiástica.

Como cuidei basicamente de igrejas urbanas, lamento o tempo perdido com a máquina religiosa. Fui absorvido por programações irrelevantes. Defendi teologias desconexas da existência. Fiz promessas irreais. Discuti ideias estéreis. Corri em busca de glórias diminutas. O tempo é uma riqueza não renovável, portanto, resta-me lamentar tanto esforço para tão pouco resultado.

Entreguei-me de corpo e alma à oração, fiz vigílias, jejuei. Ralei os joelhos em busca de uma espiritualidade eficiente. Acreditei piamente que a maturidade humana aconteceria pelo caminho da piedade religiosa. Ledo engano. Muitos companheiros de oração se levantaram ferozmente contra mim.

O mundo passa por mudanças radicais e as igrejas, se quiserem ser relevantes, precisam repensar seu papel na sociedade. Se não quiserem sucumbir à tentação de serem meros prestadores de serviços religiosos, os pastores precisam abrir mão de egolatrias tolas como o fascínio por títulos. É tolice brincar de importante usando o nome de Deus.

O descrédito do cristianismo ocidental se tornou agudo nos últimos 20 anos. Urge que os pastores revejam os seus sermões e se questionem se pregam conceitos relevantes em uma sociedade profundamente injusta, cruel e opressiva. Não fazer nada custará muito à próxima geração. Mais jovens se fatigarão prematuramente. E os idosos morrerão com o gosto amargo de terem gastado a vida em vão. O que seria muito triste.

Soli Deo Gloria

comentários
  1. Francisco Helder disse:

    Pr. Ricardo Gondim é uma das mentes mais arejadas que conheço. Vale a pena ler seus escritos.

  2. Paulo disse:

    cuidado irmão para não ser participante do mesmo pensamento teológico arejado(Liberal ) de Ricardo Gondim.

    que sua mente, caro irmão seja arejadas do Espirito Santo.

  3. Francisco Helder disse:

    Ok, querido! Obrigado por sua sugestão. Todavia, menciono apenas que tenho conseguido ler Gondim separando o conhecimento arejado do conhecimento liberal que alguns o acusam de defender. Isso me é puramente normal.

    Gondim, assim como Ed Rene Kivitz, Ariovaldo Ramos inauguraram uma forma interessante de refletir teologia.
    Não consigo, sinceramente, adotar 100% das percepções teológicas que foram importadas da Europa e Américas, condecorando-as como basilares e pivotais. Aliás, questiono algumas delas. Acredito que o Espírito de Deus, diante da nossa SENSIBILIDADE e FIDELIDADE ABSOLUTA à sua Santa Palavra, pode descortinar diante dos nossos olhos coisas sobremaneira especiais.

    Afinal, “o Espírito sopra onde quer”.

    Obrigado por visitar meu blog.

    Que ele tenha servido para sua edificação.

    1 Co 10.31

    Um forte abraço

    Francisco Helder

  4. Paulo disse:

    Gondim, Ed Rene Kivitz, Ariovaldo Ramos

    Irmão, sua simpatia por esse tipo de teologia que rompe com paradigmas bíblicos, que prega o subjetivismo, o relativismo pragmatismo, que não ver a grande destruição existencial que o pecado causa na alma do ser humano (o pecado é apenas um problema de ordem moral), que não obtém um aclarado entendimento entre a harmoniosa relação entre o amor e a justiça de Deus é preocupante. Talvez vc não tenha lido muito sobre seus “arejos”.

    100%

    A autoridade de um sistema teológico e sempre secundário. O que confere autoridade é a Palavra de Deus, somente ela é absoluta.( A teologia deve sempre nos conduzir a compreensão da Bíblia. O seu valor está no auxilio que ela nos dá na interpretação da Bíblia. A preocupação teológica deve ater-se à edificação da Igreja e não para satisfazer nossa curiosidade intelectual, afinal como asseverou João Calvino: “Não estamos assentados aos pés de Platão com o fim de aprender filosofia e a ouvi-lo discorrer à sombra sobre controvérsias inúteis, senão que a doutrina que professamos foi ratificada pela morte do Filho de Deus”.

    Na verdade o pensamento teológico começa na Europa, vai pro EUA onde é piorado e desce para o Brasil. A base, o pilar de nossa teologia é européia piorada nos EUA. Nosso grande desafio é resgatar o bom pensamento teológico. Que sabe como muita oração (sensibilidade não combina com submissão a Palavra. lê Schleiermacher) e submissão a Palavra de Deus construiremos uma teologia Brasileira, não obstante cheia de influencias européias. Só fico curioso em saber sua discórdia.

    É verdade o Espírito sopra onde quer, sempre nos fazendo lembrar das palavra de Cristo nosso Senhor!

    Tito 2:1: “Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina.”

    Um abraço

    Paulo N. Júnior

  5. Francisco Helder disse:

    Irmão amado,

    O debate é longo e, do meu ponto de vista, desnecessário. Recuso-me, por questões óbvias, a continuá-lo: Um debate centenário não será solucionado em réplicas e tréplicas dos comentários postados neste blog (rsrs). Sem falar que maioria dos que transitam nesse canal desconhecem os termos e controvérsias próprios dos corredores da academia teológica. Vamos poupá-los.
    Além disso, preciso pontuar algo: Li as institutas de Calvino. Achei coisa boa e coisa ruim; Li Lutero. Achei coisa boa e ruim. Li Erickson, Grudem, Berkoff, Barth, Paul Tillic, Gondim, Kivitz, Ariovaldo, Augusto Nicodemus e um sem-número de teólogos e pseudo-teólogos e, definitivamente, não me senti seduzido a ser devoto de nenhum deles.
    O que houver de bom neles – qualquer deles- , reterei. O que não reputar nobre e bíblico, desconsiderarei. Pronto. Dilema sanado.

    Prescrutar as dimensões das motivações do coração de Calvino, Lutero, Zwinglio, Wesley, Finney, Barth, Spurgeon, Gondim, Kivitz é um exercício que, definitivamente, não desejo fazer. Afinal, “todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo (Rm 14.10b)” e “cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus” (v.12). Ser paladino (defensor) da fé cristã é uma coisa. Fincar estacas e sentenciar, irrevogavelmente, que molde de reflexão é legitimo é outra bem diferente. E bem arriscada também. Prefiro não fazê-la. Jesus nos proíbe de, impetuosamente, corrermos para eliminar o joio que brota na plantação (igreja) pois, “sem querer”, podemos arrancar também o trigo. E se o próprio Jesus alertou que nossas avaliações podem ser precárias e estar sujeitas a grosseiros enganos, preciso considerar o que Ele tem a dizer. (MT 13.24-30)

    Destarte, burilar a alma com oração e Bíblia é uma tarefa de foro íntimo. Alegar aqui quantas horas por semana gasto lendo a Bíblia, orando, indo ao ajuntamento eclesiástico, evangelizando, não me cheira muito bem. Minha única alternativa pública é a mesma do “estúpido” e “herege” publicano: “tem misericórdia de mim, ó Deus, que sou pecador” (Lc 18.13). Num passo mais ousado, arrisco apropriar-me da oração do salmista, ao dizer: “sonda-me, Ó Deus, e conhece-me. Vê se há em mim algum caminho mal e guia-me pelo caminho eterno” (Salmo 139.23,24).

    Minha derradeira esperança é saber que a eternidade revelará os frutos do trabalho de cada um.

    Cabe-nos apenas o esforço initerrupto para, comendo, bebendo, estudando, “teologando” (sic), debatendo… fazer tudo apenas se for para glorificar a Deus (1 Co 10.31).

    Um abraço sincero, com saudades de você,

    Francisco Helder

  6. Jellffrel MS disse:

    Muito boa a sua resposta irmão.
    Só entendi uma coisa.
    Vamos parar de ficar discutindo teologias baratas e vamos adorar a Deus e fazer a sua obra.

    Quando vai começar suas cruzadas evangelísticas?
    Eu anelo ver uma voz que proclama às multidões famintas aqui no Brasil. Oro por isso…

    a seara já está alva…
    vamos guerreiro de Cristo …

  7. Paulo disse:

    Caro irmão, minha intenção ao postar meu comentário em seu blog está muito longe de um debate teológico. Eu não faria isso em um blog. Na verdade é só um comentário digamos “arejado” (rsrs) apesar de não saber fazê-lo. Confesso! De um pastor amigo preocupado com a juventude batista que vc lidera. Suas recomendações têm um peso maior por ser um líder. Você consegue discernir, segundo a Palavra de Deus, o que é bom e ruim, não obstante, muitos que transitam pelo seu Blog não (o comentário “teologias baratas” é prova disso) Sua recomendação sem reservas, de certa forma legitima todo conteúdo. Recomendar esses artigos sem reservas chega a ser um desserviço a fé da juventude batista que vc lidera. (Que por sinal tem sido boa!)
    A parábola do joio fala sobre o julgamento precipitado, não sobre falsos ensinamentos.
    Cristo julgou os escribas e fariseus pelo seu comportamento hipócrita e doutrinariamente distorcido (Mt 23:1-36).
    Em geral suas leituras teológicas são muito boas: Calvino, Lutero, Zwinglio, Wesley, Erickson, Grudem, Berkoff, Spurgeon, Augustus Nicodemus etc. são verdadeiros paladinos da boa fé cristã. Espero que sua teologia seja fortemente influenciada pela deles. Grande parte da “patuscada evangélica” que temos no Brasil é influencia de Charles Finney. Coisas boas, coisas ruins é bem normal!
    No mister teológico não perscrutamos corações e sim o arcabouço teológico apresentado. ( Atos 17:11)
    Não duvido de sua vida piedosa não temos razões para isso.
    Deus não requer de nós simplesmente criatividade, acima de tudo fidelidade a sua Palavra.
    Um abraço de quem ora e torce pelo seu sucesso.
    Paulo N. Júnior

  8. Francisco Helder disse:

    Paulo

    É muito delicado fazer comentários com “reservas”. Logo que comecei a escrever estes comentários pensei em fazê-los. Mas decidi pelo não. Pensei em abrir a caixa-preta e fazer alguns comentários pouco mencionados sobre João Calvino. Da mesma forma sobre Lutero. Ambos tiveram, conforme comprova a história, posturas arbitrárias, especialmente no campo doutrinário e ético. As contribuições deles foram imensas e inquestionáveis, mas os abusos e desmandos também existiram. Isso é um fato! Que farei então? Deixarei de recomendá-los? Ou sempre que citar um texto deles terei de dizer: “Olha, esse texto é muito bom, mas lembre que o Dr. Calvino fez isso, isso e isso…”. Esquisito, não é mesmo?

    ou: “Gente, leiam tudo que puderem do Spurgeon, mas atenção: saibam que ele fumava cachimbo e sofria de depressão fortíssima”.

    ou quem sabe:

    “olha, o John Stott é um dos melhores teólogos da atualidade. Mas fique de orelha em pé: ele crê no aniquilacionismo (isto é: crê que, após morrerem, as pessoas não irão para o “inferno”. Elas serão aniquiladas definitivamente. Segundo ele, não haverá “tormento eterno”.

    Quanto ao Rick Waren, “é fantástico nos livros Vida Com propósitos e igrejas com propósitos, mas prega a barbaridade chamada homogeneização (igreja só pra ricos ou só para pobres… em que Bíblia ele achou isso??) da igreja”.

    Sinceramente, amigo, acho que isso financia “PRE-CONCEITO” que pode impedir uma reflexão imparcial e madura. Assim como a “recomendação com reservas” pode ser útil, pode ser também trágica.

    Quando se trata de impostores do Evangelho como Benny Hin, Cerullo, Feliciano, Hagin, não faço cerimônia: excomungo mesmo!!! Mas não acredito que Gondim, Kivitz e Ariovaldo Ramos estejam nesse remanescente macabro. São homens de Deus sérios. Podem ter excessos e deslizes, mas tem contribuido com muita coisa boa no campo teológico e eclesiástico. Isto é fato!!

    É isso, Paulo. Devemos reconhecer que mesmo a lavra dos “excelentes teólogos” tem aquele lado menos popular. Frestas doutrinárias. Mas creio que não devemos desaboná-los inteiramente. Quanto ao comentário “com reservas”…. sinceramente… é bem difícil fazê-lo!!!

    Prefiro apostar na maturidade de ALGUNS leitores. Afinal de contas, nem as mais bem elaboradas cartilhas de alfabetização denominacional tem conseguido resolver os graves desvios doutrinários que sempre houveram na história da igreja.

    Há um contingente de leitores que, sinceramente, desisti de alcançar. Eles apenas conseguem ler na linguagem de horóscopo, páginas policial e Revistas “Ti-ti-ti”, “Contigo” e “Caras”.

    Quanto ao fato de ser lider de jovens, sinto realmente essa responsabilidade pesar sobre meus ombros.
    Creio que a maior contribuição que posso dar a eles é sendo um referencial vivo do Reino de Deus nesta terra. Além disso, sonho em incentivar o desenvolvimento de uma geração que tenha capacidade de refletir quanto à fé. E acredite: essa é a única saída. Essa geração pós-moderna não aceita mais resposta pronta (é claro, nem todos os jovens são assim!). Nem comentários ou pregações jogadas “goela a baixo”.
    Eles querem pensar. Afinal, como dizia o Stott, “Crer é também pensar”. Ainda não chegou, mas vislumbro o dia em que os jovens pensarão com suas próprias cabeças, independente do que seus líderes disserem ou recomendarem (versão moderna dos Bereanos).

    Admiro sua capacidade, amabilidade e cordialidade. Embora sendo um jovem pastor, está bem acima da média. Aleluia!!!

    Quanto ao mais, um abraço enorme.

    Francisco Helder

  9. Paulo disse:

    Helder, essa é sua responsabilidade com líder. Na verdade você mesmo respondeu como fazer as reservas: “Olha, esse texto é muito bom. Recomende somente o que você previamente leu e analisou.
    “…. toda verdade procede de Deus, se algum ímpio disser algo verdadeiro, não devemos rejeitá-lo, porquanto o mesmo procede de Deus. Além disso, visto que todas as coisas procedem de Deus, que mal haveria em empregar, para sua glória, tudo quanto pode ser corretamente usado dessa forma?” (Calvino 1559.)
    Essa geração pós – moderna não aceita verdades absolutas. (João 17.17)
    Como Lideres, nosso grande desafio é levar essa galera a pensar biblicamente, e não segundo os valores contemporâneos que são destrutíveis à fé. Muitos estão trocando as verdades bíblicas pela funcionalidade que muitas vezes é fugaz.
    Como o Apóstolo Paulo diz nosso culto (serviço) deve ser conforme a Palavra de Deus. (culto racional) crer também é pensar. John Stott fala sobre uma cosmovisão bíblica. Nossa razão teve está cativa a Palavra de Deus. (Lutero)
    Diante da Palavra todos devem ceder. (Lutero)

    A recíproca é verdade.

    Minha simpatia é desde a época de professor na EBM.

    Um abraço que Deus abençoe seu ministério e sua futura Família.

    Quanto precisar às ordens.

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